Boas Vindas

terça-feira, 31 de maio de 2011

Poema: Obra Abaporu de Tarsila do Amaral





Poema: Solidão

O homem sozinho
com ar sofrido
lembra do tempo
que vivia menos sozinho.

O homem sozinho
também pensa
que a terra às vezes
mesmo cuidada
não devolve o carinho.

O tempo mostra
ao homem sozinho
que o sol escaldante
é uma luz
intrigante.

A luz intrigante
que veio num
pensamento brilhante
aproximou o que era distante.


Assim, o homem sofrido
mesmo sozinho
encontra o seu caminho.


Denise, Ivone, Alessandra, Daviana, Stefanie.














segunda-feira, 23 de maio de 2011

"SORTE"??? - a cartomante


Em uma cidadezinha do norte gaúcho, onde “todo mundo conhecia todo mundo” .... um triângulo amoroso acontecia entre um casal, muito conhecido na cidade e um terceiro, seu amigo de infância. Angela era casada com Pedro, este proprietário de um estabelecimento comercial, e mantinha um caso extraconjugal com um amigo íntimo de seu marido, Alceu, que era funcionário público, casado e pai de família, também.
Como era de costume, um bando de ciganos estava acampado em um terreno baldio, da cidade. Onde, sempre que visitam as redondezas, apeavam. Junto deles, as ciganas, que ganhavam a vida lendo a sorte das pessoas. Sorte, está que duvidosa, pois usavam de truques e artimanhas pra ganhara confiança das pessoas, arrancar dinheiro e presentes.





Numa tarde quando Angela estava indo ao mercado quando uma cigana parou e disse que sabia algo sobre sua vida. Ela como tinha consciência pesada, e pela curiosidade aflorada do ser humano, parou para ouvir a adivinhadora. Foi quando ela leu a sua mão e falou em tom de terror que sua vida estava pintada de vermelho sangue. Angela se apavorou e começou a questionar a cigana, mas como era muito esperta, deu o endereço de sua tenda em seu acampamento e mandou que fosse até lá. Tirou uns trocados e foi-se embora.
Na mesma noite quando Ana foi se encontrar com seu amante, nos fundo de sua loja, contou a ele o acontecido. Mas ele não deu im- portância e acrescentou: -Não de ouvidos pra essas ciganas, tchê! Elas só querem te tirar dinheiro. Mas diante da inquietude de Angela ele prometeu que no outro dia, ele mesmo iria até o acampamento e assim eles poderiam comparar o que ela falou com o que iria prever para ele. Afinal, havia pessoas na cidade comentando sobre os dois e eles tinham muito medo que o marido de Angela descobrisse. Naquela noite, ficaram juntos, depois seguiram cada um para suas famílias, como de costume.
 No outro dia quando Alceu acordou, logo falou com Angela que estava muito nervosa pois havia encontrado a cartomante na rua e ela lhe cumprimentado de uma forma sinistra e com sorriso nos lábios. Angela insistiu para que Alceu fosse até o lugar indicado pela velha, então ele se convenceu e decidiu que ira até lá, a tarde.
Chegando no local onde estavam os ciganos ele procurou pela cigana que Angela havia descrito. Quando a encontrou pediu que ela visse a sua mão e dissesse a ele sobre sua sorte. Mas a cigana não era boba e percebeu que alguém tinha mandado que ele a procurasse. Começou a enrolar até que ele disse que uma amiga havia a recomendado, que ela ainda não tinha tido tmpo pra ir até aí, mas que viria dalí uns dias. Dessa forma a cigana desconfiou de Angela e pela reação dela no dia que ela leu a sua mão, imaginou que ela podia ter um amante. Quando ele lhe fala  “uma amiga”, teve certeza. Então, mandou que ele tomasse cuidado, que um segredo estava prestes a ser desvendado e que sua vida poderia estar correndo risco. Cobrou-lhe pela consulta e disse-lhe para que não se preocupasse, pois ela iria fazer “um trabalho”, claro que este custaria mais uns mil cruzeiros, para que nada de ruim acontecesse.
Alceu saiu dali surpreso, mas confiante ao mesmo tempo. Pois pensou que seus problemas estavam resolvidos e que a velha cigana realmente sabia o que se passava em sua vida.
Foi direto a casa de Angela, para contar-lhe que havia resolvido o problema, que o segredo deles estaria bem guardado. Porém quando chegou viu o carro do amigo estacionado na frente da casa, mas não deu muita importância, pois ele poderia ter ido trabalhar a pé, tudo ficava perto alí na cidade, mesmo.
Ao entrar na sala vê o corpo da amante esfaqueado no chão da sala e sangue para todos os lados. Grita e quando o marido traído tenta acertá-lo com a faca ele se defende com uma estátua d gesso, que estava no canto da sala, acertando-o na cabeça. Pedro cai e Alceu tenta fugir, mas antes que ele saia pela porta Pedro o atinge com a faca nas costas. Levanta e o esfaqueia mais e mais, Até que seu corpo,  misturado com sangue da amante, encubra-os com uma cor só. É, definitivamente, o vermelho é sinônimo da paixão!

sábado, 21 de maio de 2011


Encontrei este vídeo e achei interessante! Ele nos faz viajar no mundo da leitura!
Abraços
Ivone

domingo, 8 de maio de 2011

O SUCESSO DA MALA

Respiro ofegante. Trago nas mãos uma pequena mala e uma agenda tinindo de nova. É meu primeiro dia de aula. Venho substituir uma professora que teve que se ausentar "por motivo de força maior". Entro timidamente na sala dos professores e sou encarada por todos. Uma das colegas, tentando me deixar mais à vontade, pergunta:

- É você que veio substituir a Edith?

- Sim - respondo num fio de voz.

- Fala forte, querida, caso contrário vai ser tragada pelos alunos - e morre de rir.

- Ela nem imagina o que a espera, não é mesmo? - e a equipe toda se diverte com a minha cara.

Convidada a me sentar, aceito para não parecer antipática. Eles continuam a conversar como se eu não estivesse ali. Até que, finalmente, toca o sinal. É hora de começar a aula. Pego meu material e percebo que me olham curiosos para saber o que tenho dentro da mala. Antes que me perguntem, acelero o passo e sigo para a sala de aula. Entro e vejo um montão de olhinhos curiosos a me analisar que, em seguida, se voltam para a maleta. Eu a coloco em cima da mesa e a abro sem deixar que vejam o que há lá dentro.

- O que tem aí, professora?

- Em breve vocês saberão.

No fim do dia, fecho a mala, junto minhas coisas e saio. No dia seguinte, me comporto da mesma maneira, e no outro e no noutro... As aulas correm bem e sinto que conquistei a classe, que participa com muito interesse. Os professores já não me encaram. A mala, porém, continua sendo alvo de olhares curiosos.

Chego à escola no meu último dia de aula. A titular da turma voltará na semana seguinte. Na sala dos professores ouço a pergunta guardada há tantos dias:

- Afinal, o que você guarda de tão mágico dentro dessa mala que conseguiu modificar a sala em tão pouco tempo?

- Podem olhar - respondo, abrindo o fecho.

- Mas não tem nada aí! - comentam.

- O essencial é invisível aos olhos. Aqui guardo o meu melhor.

Todos ficam me olhando. Parecem estar pensando no que eu disse. Pego meu material, me despeço e saio.